A bela flor de nosso cacto. |
Nosso cacto nasceu de uma experiência de escola de meu filho. |
Veja que bonito. Meu filho fez na escola já faz tempo e os cactos brotaram. |
Para homenagear nossa flor da família dos cactos, vamos apreciar o poema de Manuel Bandeira. Às vezes somos assim, belos, ásperos e intratáveis... porém humanos e solidários!
O CACTO
Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária:
Laocoonte constrangido pelas serpentes,
Ugolino e os filhos esfaimados.
Evocava também o seco Nordeste, carnaubais, caatingas...
Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.
Um dia um tufão furibundo abateu-os pela raiz.
O cacto tombou atravessado na rua,
Quebrou os beirais do casario fronteiro,
Impediu o trânsito de bondes, automóveis, carroças,
Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas
[privou a cidade de iluminação e energia:
- Era belo, áspero, intratável.
Petrópolis, 1925
Nenhum comentário:
Postar um comentário