segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Lembranças - Macapá (AP)

Marco Zero do Equador, Macapá (AP).

O Amapá é um dos 26 Estados brasileiros. Está localizado na região Norte do país e tem uma característica peculiar: por ele passa a linha do Equador. Outra característica fantástica: sua capital Macapá é banhada pelo Rio Amazonas. Macapá tem apelidos como "Joia rara da Amazônia" e "Capital do meio do mundo". A população do Estado é de cerca de meio milhão de pessoas. 

Rio Amazonas, Macapá (AP).

Cumprimos 3 agendas de saúde no Estado do Amapá ao longo de nosso trabalho de gestor em saúde, entre os anos de 2014 e 2018. A população local vinculada à autogestão em saúde dos funcionários do Banco do Brasil era de aproximadamente 1.400 pessoas em 2017. Nosso mandato eletivo foi pautado por atuar muito próximo às bases sociais que representávamos.

Em 2015, para participar da
1ª Conf. de Saúde da Cassi.


Tivemos a felicidade de contribuir com o apoio necessário para que o Conselho de Usuários da Cassi fosse instalado no Estado em 2015. Outra felicidade que tivemos foi participar das duas primeiras conferências de saúde na autogestão para os amapaenses, em 2015 e 2017. Também pudemos inaugurar a nova sede da Caixa de Assistência no Estado, nas dependências da AABB Amapá.

Unidade Cassi e CliniCassi no Amapá.

As instituições públicas e coletivas e o Estado são muito importantes na vida da ampla maioria dos cidadãos brasileiros, principalmente de regiões como aquela onde se localiza o Amapá. Bancos públicos como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal poderiam contribuir para o desenvolvimento do Amapá e de sua população em todas as dimensões sociais. 

Fortaleza de S. José de Macapá.

Após o golpe de Estado em 2016, os bancos públicos vêm sendo sucateados e estão perdendo sua capacidade de ajudar os brasileiros (além do risco de privatização), e seus trabalhadores estão sofrendo absurdamente e com isso aumentam os riscos de adoecimento. A drástica redução de direitos sociais afeta mais ainda as populações de Estados como o Amapá.

Marco Zero do Equador, Macapá.

O Sistema Único de Saúde também sofre uma de suas piores crises por causa da redução de recursos que os golpistas aplicaram com a trágica EC 95 (congelamento por 20 anos), aprovada pelos golpistas no mesmo ano em que acabaram com a democracia no Brasil, em 2016.

Uma das torres da Fortaleza de
S. José de Macapá.


É nesse cenário de retrocessos para o povo brasileiro que ocorre uma das maiores tragédias humanitárias no Estado do Amapá desde o dia 3 de novembro de 2020. A população do Estado está sem energia elétrica, sem água, sem comida, e quase sem a solidariedade das autoridades competentes. Felizmente contam com os técnicos da Eletrobras para tentar retomarem a normalidade na distribuição de energia.

Maquete da Fortaleza de S. José, um dos
cartões postais de Macapá (AP).

Em pleno século XXI, um apagão já dura mais de 3 semanas e o problema não é resolvido por omissão do governo federal, o pior do planeta, e porque a distribuição de energia elétrica foi privatizada e as consequências são aquelas que nós já conhecemos: os lucros ficam com os felizardos que ganharam a coisa pública e os prejuízos ficam para o povo.

Pôr do sol no Rio Amazonas,
em Macapá, Amapá.


Deixo aqui a minha solidariedade a toda população amapaense, em especial aos colegas da comunidade Banco do Brasil, comunidade a qual pertencemos e que dedicamos boa parte de nossa vida na organização e luta por direitos e por uma vida melhor. Todo apoio aos movimentos e entidades representativas de trabalhadores, como sindicatos, associações e Conselho de Usuários.

Sede do Sindicato dos Bancários do Amapá.

Estamos na torcida para que tudo se resolva o mais brevemente possível e que as brasileiras e brasileiros do Amapá voltem a receber a energia elétrica e apoio do Estado, apoio tanto financeiro quanto estrutural.

William


sábado, 21 de novembro de 2020

Lembranças - Porto Alegre (RS)


Vista panorâmica de Porto Alegre.

Em 30 de julho de 2014 estive em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para participar da reunião do Conselho de Usuários da Cassi, um fórum de saúde voluntário de pessoas vinculadas ao funcionalismo do Banco do Brasil, conselheir@s que dedicam parte de suas disponibilidades de tempo em benefício das causas coletivas de saúde. Uma escola de solidariedade.

Catedral Metropolitana de Porto Alegre.

Na época, eu recém começava um mandato eletivo de diretor de saúde da maior autogestão do país, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Eu tinha um compromisso com os associados da ativa e aposentados e trabalhadores do banco: fazer um mandato muito próximo às bases. Fortalecer os Conselhos de Usuários era uma das diretrizes da área pela qual eu era responsável.

Porto Alegre me lembrou a selva de pedra paulistana.

Cumpri esse princípio de não me afastar dos trabalhadores e de suas entidades representativas rigorosamente ao longo de 4 anos. Isso me custou muito porque tentaram me impedir durante os mesmos 4 anos, mas estive com os participantes da Cassi durante todo o mandato. São boas lembranças.


Guardo boas lembranças dos trabalhadores de Porto Alegre e região. Neste momento de eleições municipais, torço para que o povo tenha consciência política e eleja Manuela d'Ávila prefeita em 2020. Boa sorte, Manu!

William